segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Ainda existem os bons

Era um dia como outro qualquer. Pessoas iam e vinham. Aviões decolavam e pousavam nos aeroportos. Sonhos e planos eram presentes na mente de qualquer pessoa.
De repente as duas maiores torres do mundo estão em chamas. O pentágono é atingido. Vôos foram cancelados. Como se não bastasse elas desabam matando, destruindo, moendo.
Era 11 setembro de 2001.
O mundo não foi mais o mesmo. Sonhos e planos deram lugar ao desespero e dor. Mesmo quem não foi atingido diretamente sentiu a sensação de insegurança ao ver que até mesmo uma nação tão grande e forte era tão vulnerável.
Toda a culpa é transferida para um grupo de pessoas que a mídia nos fez odiar. Foram considerados os piores homens da terra.
Medo. Terror. Angustia. Insegurança. Ódio. Vingança. Guerra. Sim guerra. A solução encontrada pelo maior país protestante do mundo foi... a guerra. Uma guerra que até hoje, 11 anos depois, ainda não acabou.
Nenhum sentimento divino se aflorava. Perdão? Palavra rara. Compreensão? Estava extinta. Amor? Esfriou-se. Sim esfriou.
Quando todos pensavam que o então presidente americano George Bush iria comentar por muito tempo sobre o ocorrido, ele liberou um conselho extremamente “sábio” aos americanos: “continuem comprando”. Ou seja, “não me importo com suas famílias, sentimentos ou perdas, estou preocupado é com a economia do meu país”. Sim, o amor esfriou.
Chegamos aos últimos dias do homem na face da terra.
Percebe-se o ódio nos olhares. Aqueles que ainda tem a ausência desse sentimento, deixam-se ser dominados pela desconfiança e pelo medo.
Os maus tomaram conta. Os corruptos dominaram. Os violentos detêm o poder. Os insanos possuem o controle.
E os bons? Ah, eles estão em silêncio, horrorizados, mas apenas assistindo.
E os corajosos? Estão batalhando em busca, apenas, de seu próprio sustento.
E os pacíficos? Procuram ensinar e resguardar os seus, e somente os seus.
Os honestos? ........ Eles existem... tenho certeza que existem.
Não podemos ficar inertes. Precisamos usar os meios para influenciar uma geração má, a praticar o bem. É tempo de mudanças. Deus conta comigo e com você.
“Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento” (Rm 12,2)

         Em Cristo
                Elienai Cordova

domingo, 9 de setembro de 2012

O futebol e a desigualdade social

"Futebol: o ópio do povo"

              Há poucos dias vi, com tristeza, a noticia “terrível” de que o Brasil ocupa 11ª posição no ranking da FIFA. Revolta geral. Querem a cabeça de um tal de “Mano”, xingam um tal “Neymala” como se fosse suas próprias vidas que estivessem em jogo.
Mas a minha tristeza não foi devido a colocação da outrora numero um e sim por que parei e comecei a pensar: o Brasil é o 38° em qualidade de vida, ninguém briga com a Dilma (na verdade ninguém fica sabendo disso, até por que a mídia só mostra o que o povo quer: fu-te-booorr).
              Pasmem: o Brasil ocupa o 88° em educação (isso entre 127 países) e ninguém “toca o horror” com o ministro da educação.
             Claro, quanto menos o cérebro é usado, menos ele funciona. Ninguém quer pensar. As pessoas pensam o que a mídia diz.
              Logo percebo claramente o papel da mídia brasileira: reter a atenção do povo para algo tão ridículo, como o futebol, enquanto coisas tão importantes vão sendo levadas as brecas por um governo tão despreocupado com as questões essenciais.
          “Bóra lá”. A “emburrificação” (palavra nova) do brasileiro vai ao ponto de sequer conhecer o nome dos ministros (da educação, por exemplo) de uma nação e saber todos os detalhes de todos os jogadores de vários times.
           Reclamam da desigualdade social, da corrupção, mas colaboram para que poucos jogadores ganhem em torno de 1,5 milhões de reais por mês. Repetindo R$ 1.500.000,00, enquanto a galera ganha R$ 622,00 e gasta com cerveja e foguete por causa do dinheiro que os “caras” estão ganhando (sem contar os que precisam gastar com hospitais e remédios). É simplesmente isso que ocorre, pessoas gastando dinheiro por que outros estão ganhando muito.
        Agora, voltando ao ranking da educação. Ficamos atrás de Trinidad e Tobago, Azerbaijão, além do japão que ocupa a 1° posição. Pergunto: qual desses paises ocupa grande destaque no mundo esportivo. O japão, por exemplo, se destaca em esportes onde a concentração esta envolvida, e são praticados dentro das escolas, não em aulas vagas pela falta de professor, mas sim como parte integrante do currículo escolar.
              Daí questiono: nos momentos em que se assiste uma partida de futebol o quanto você cresce intelectualmente?! Culturalmente?! Espiritualmente?! Nada. Percebe comigo o porquê que o Brasil não cresce? Percebe que estamos em uma nação que esta com a mentalidade medieval: Pão e Circo e o resto é festa.
         Resolvi fazer essa analise social, sem utilizar questões religiosas, para vermos o quanto estamos envolvidos em banalidades. Mas... eu não aguento... aqui vai:

 Is 55.2: "Por que gastais o dinheiro naquilo que não é pão, e o vosso suor naquilo que não satisfaz?"

             Em Cristo,
   
                   Elienai Cordova